terça-feira, 14 de junho de 2016

Anotações - O todo é maior que as partes

A frase está por aí, estampada em diversas mensagens motivacionais: "O todo é maior que as partes". A denotação óbvia não deixa muito espaço para longas reflexões - a consciência de coletividade é mais positiva que as ações individuais.
Quando podemos nos integrar nos exercícios sociais é que nos enxergamos mais fortes e capazes. A integração é a chave da otimização nos processos de evolução social. Nos ambientes corporativos, a discussão sobre esse tema dá-se nas variáveis de debates sobre a questão do trabalho em equipe.
O que é interessante, acerca desse tema de análise quase natural, é a grande dificuldade que temos de explanar sobre as relações de coletividade.
O ser humano, em sua evolução histórica, precisou estabelecer-se em grupos; via de regra, entretanto, há uma busca de individualidade ou, o que é pior, de uma equivocada consciência coletiva. É aqui que se desrespeitam interesses e atributos individuais na constituição do todo.
A verdadeira ideia de coletividade pressupõe que não haja indivíduo que deva sobressair-se sobre outro(s). Faz-se necessário que, em coletivo, percamos as atitudes e comportamentos particulares em detrimento dos interesses e pertinências do grupo. E é aqui que a porca torce o rabo - nossas instâncias culturais nos fizeram seres da conveniência e dos interesses singulares.
Em sendo o todo o resultado de várias partes, seria de se supor, na matemática das exatidões, que esse todo é exatamente a soma daquelas partes. Quando se pensa, contudo, em uma consciência de equipe, de integração social, há uma mágica: a soma das partes fica bem menor do que o todo que se apresenta.

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