O assunto vira e mexe vem à cabeça: quanto de coincidências e de sorte os nossos caminhos são constituídos?
Minha percepção mental puxada à racionalidade procura sempre negar esses preceitos de coincidência e sorte nos rumos do desenvolvimento pessoal; ou se compromete com os desgastes das trilhas ou pouco se vê logo ali adiante, penso quase sempre. Acontece que, no meu caso, há mesmo um embate sempre profundo: percebo que em alguns momentos ocorrem lances um pouco inexplicáveis que parecem conduzir para variáveis metafísicas... Puxa, e não faz muito tempo (acho que foi antes de ontem) acabei publicando aqui nestas páginas uma reflexão que preconiza uma ideia contrária aos ditames metafísicos. É a vida... ou, como diria o maluco beleza, é preferível ser aquela metamorfose ambulante.
Mas os conceitos de coincidência e de sorte são temas complexos de se abordar. É preciso descer do aparato sagrado e puxar para a ciência na tentativa de encaminhar algum pensamento sobre o assunto.
E a ciência vai dizer que o nosso cérebro responde a estímulos concatenados com a visão de mundo que temos. Se somos otimista, encaminhamos nossas soluções para uma realização; se somos negativos, não achamos a solução das realizações. Somada essa premissa às capacidades de determinação e de preparo, inerentes aos processos de desenvolvimento pessoal, o sujeito otimista vai navegar por mares, ainda que revoltos, com valentia e coragem no enfrentamento dos dissabores; o sujeito pessimista, ainda que o mar esteja em forma de regato, vai enxergar sempre obstáculos nos caminhos (e creditar esses obstáculos a alguma entidade divina e à sua culpa em relação à crença naquela entidade...).
Ora, de enfrentamento em enfrentamento, pensando nos sujeitos mais positivos, é natural que surja uma luz no fim do túnel. E é essa luz no final do túnel que chamamos de coincidência ou de sorte.
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