Por esses dias, uma frase do deputado federal Daniel Coelho, do PSDB, revela muito dos problemas da política. Ao analisar os conflitos do seu partido frente à questão de permanecer ou não com o apoio à presidência, o deputado lembrou a frase que simbolizou a fundação de seu partido: "Longe das benesses e próximo ao pulsar das ruas". Sem querer entrar no mérito das críticas a um posicionamento do citado partido mais condizente com sua história, vale destacar aqui, nesta publicação, a reflexão de o quanto o sistema político tal como está hoje cada vez mais se degenera. A tal frase, na minha opinião, emblemática, pode - e deveria - sintetizar os propósitos de qualquer agremiação política. E em sendo assim, talvez as instituições políticas poderiam ser mais respeitadas: longe das benesses e mais próximas do que clamam os interesses do povo.
Não é assim. Somos bombardeados, a cada dia, por notícias e fatos que desonram todas as intenções democráticas (no sentido grego da palavra: governo do povo...). Em consequência, podemos nos tornar desesperançosos de movimentos de transformações sociais que tragam luz a este túnel turvo.
É neste cenário que a Educação deveria surgir como instituição que pode salvar a coisa... ou pelo menos, criar espaços de reflexões e de transformação do conhecimento, em que podemos vislumbrar uma formação mais apurada.
A formação das crianças e dos jovens, principalmente em relação aos caminhos de uma consciência de cidadania, precisa ser trabalhada por parâmetros de estabelecimento de conceitos que denotem a elaboração de um pensamento mais racional e coberto de positividade a propósito de mudanças. É preciso, nestes tempos, trabalhar os conceitos políticos de uma forma mais crítica, que fundamente os rumos de renovação dos mundos que temos hoje. Sobretudo, que se trabalhem os ideais de esperança na transubstanciação desse panorama que temos atualmente. É importante que enxerguemos as transformações possíveis.
A crença do trabalho da Educação em oferecer esperanças para as transformações sociais, principalmente no que diz respeito à consciência política, é o combustível principal para uma nova formação.
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