Vou confessar outra coisa, e espero que os amigos seguidores da metafísica não me queiram mal: incomodam-me bastante as ideias esotéricas de evolução pessoal, que apregoam umas referências etéreas de aperfeiçoamento pessoal. Há, por aí, uns discursos meio simplistas de que se deve fazer essa ou aquela experimentação sensorial para se atingir o nirvana. Respeito muito tudo isso, mas é preciso que sejamos claro: qualquer relação evolutiva a que se pretender é necessária muita transpiração. Creio até que os gurus que apregoam aqueles caminhos sabem disso - e até se valem desse pressuposto para alcançar seu desenvolvimento -, mas proferem os discursos de ensinamento como se fosse simples assim: respire assim, vibre assado e todo o universo entrará em sincronicidade com suas aspirações.
Mas não é só assim, é preciso muita transpiração, sim! Vejamos o ensinamento de um dos nossos poetas maiores, João Cabral de Melo Neto, que nos deixou o legado, a propósito da poesia, de que ela não é mero resultado de inspiração em razão do sentimento, mas do fruto do trabalho paciente e lúcido do poeta.
E ainda que acreditemos naqueles postulados metafísicos, é preciso que entendamos a nossa responsabilidade na realização dos nossos trabalhos.
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