A ideia do posicionamento individual em relação às disponibilidades para os movimentos de aprendizagens é sempre um tema aqui nestas publicações. O sujeito que quer buscar suas rotas de evolução precisa estar disponível para os processos de aquisição de conhecimentos; não vai acontecer nenhuma mágica, o sujeito precisa querer aprender!
E esse desejo - o de querer aprender - quase sempre estará associado à capacidade de determinação e de esforço que se precisa para a busca do desenvolvimento pessoal.
O movimento interno de buscar os princípios de aquisição de conhecimento está sempre associado a essa capacidade de determinação. Que é o que leva o sujeito às resistências. Resiste-se ao cansaço, resiste-se às distrações, resiste-se aos aparentes fracassos... e por aí vai.
Associe-se a essa capacidade de esforço uma competência interessante: a da curiosidade intelectual. Todos os seres viventes estão dotados de um pressuposto intelectual - essa capacidade de estabelecer diferentes leituras a partir dos estímulos diversos que recebemos. O estabelecimento das diversas leituras é o caminho de raciocínio frente à necessidade de pensarmos sobre cada movimento que enfrentamos, seja ele tranquilo e lógico ou complexo e metafísico. Sempre estamos em níveis de reflexões a partir destes movimentos. Algumas pessoas percebem mais e melhor esses movimentos.
A capacidade da percepção e o desenvolvimento da conscientização dessa atividade são o que nos levam à referência de estabelecimento de uma curiosidade intelectual.
Todos nós já fomos, em algum momento de nossa estrada, curiosos intelectualmente. Vivíamos interrogando tudo, porque não nos permitíamos ficar sem entender o funcionamento de um ou outro sistema. E isso nos fazia muito mais inteligentes, ainda que não conseguíssemos as respostas devidas.
Com o passar da vida, vamos destinando nossas capacidades para outras instâncias e nos acomodando frente aos desconhecidos... passamos, simplesmente, a aceitá-los, e não a questioná-los...
Alguém já disse, a propósito dos trabalhos pedagógicos, que é preciso educar as crianças para as perguntas, e não para as respostas... Acho que é esse o caminho da manutenção do espaço da curiosidade intelectual: motivar os aprendizes (todos nós!) para o exercício dessa curiosidade.
Que saibamos manter o espírito inquieto de quem quer descobrir as coisas, a partir dos questionamentos devidos. E que esses questionamentos agucem a nossa capacidade (aquela que está repousando em nossa compleição humana) para que tomemos o controle da nossa disponibilidade em aprender.
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