Ler e
escrever, que se complementam indiscutivelmente, já há algum tempo têm se
constituído no terror de quase todas as pessoas. Nas escolas, nos meios
acadêmicos universitários, nas empresas, no dia a dia, muitos sofrem com a
tarefa de produzir um texto, por mais simples que seja, e com a falta de
intimidade com as leituras. Problemas de formação e deficiências de estímulo e
motivação afastaram-nos da leitura e de um trabalho mais eficiente de produção
de textos. Resultado imediato: suores frios e nervosismo diante de um papel
branco, em que se devem apontar escritos quase sempre necessários; e apatia
completa, senão ojeriza, às leituras corriqueiras.
No que diz
respeito aos aspectos de desenvolvimento pessoal, quanto mais houver de
intimidade com os mecanismos de leitura e de escrita, tanto mais aumentam as
possibilidades de sucesso nas empreitadas. É através do que se apreende em
leituras que são acrescidas as referências de inteligências; é através do que
se explana nos textos que é dado a conhecer essa inteligência.
Na sociedade
moderna, descontadas as referências de sorte ou de descuido, o processo de
desenvolvimento pessoal passa pelo viés do intelecto. É preciso desenvolver a
intelectualidade para um melhor preparo às vicissitudes que se aproximarem. E a
intelectualidade é resultado das leituras – textuais ou não - que o sujeito
efetua. As leituras realizadas no processo de apreensão e no de produção de conhecimento.
Em sendo assim, aceitada essa premissa, a motivação deveria ficar mais fácil,
já que ler e escrever resumem-se em uma necessidade básica.
Ao certo, o
ato de ler e escrever é uma questão de atitude. A atitude é uma variável
interna, a ser exercitada – o indivíduo toma
uma atitude; não espera que ela venha de algum lugar. Na maioria das vezes, o
indivíduo, apesar do que se expôs acima, não se motiva a tomar a atitude devida. No caso, então, é preciso que se investiguem
os aspectos de motivação que levaria o sujeito a perceber a importância de ler
e escrever. E é aqui, em minha opinião, que entra a responsabilidade da Escola,
em apresentar situações e conteúdos que proporcionem novos e dinâmicos estímulos
para que aquela atitude seja tomada positivamente.
No âmbito de
sua personalidade institucional promotora das aprendizagens, a Escola há de ser
o espaço ideal em que o universo das leituras e escritas seja desvelado como
algo atraente, instigante, estimulante, acessível e transformador.
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