Discute-se, muito, em Educação, o pressuposto da sensibilidade no desenvolvimento de um trabalho mais apurado nos espaços pedagógicos. Concordo. Mas é necessário trazer o tema para as referências científicas, para não deixá-lo no âmbito das emoções e afetividades, apenas. Claro que emoção e afeto ajudam, mas a sensibilidade, como emoção e afeto, são constituintes da nossa formação humana. Somos razão e emoção, em uma espiral - harmônica ou não - de realizações.
Acontece que em Educação lidamos com o ser humano em sua variável de formação - pessoal, intelectual e social. Nessa lida, precisamos nos revestir, continuamente, das variáveis da sensibilidade para o entendimento mais amplo dessas variáveis.
É no plano do que sentimos - e de como os nossos sentimentos estão despertos ao que nos cerca - que podemos melhor fazer a leitura das situações: leitura do ambiente, das referências familiares, dos conceitos profissionais, das metodologias a serem abordadas, dos casos específicos, do contexto familiar e social etc. Dada a complexidade do que o meu trabalho exige, é no âmbito da sensibilidade que eu vou poder guiar a racionalidade das minhas tomadas de decisões.
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