Quem trabalha em Educação sabe do quão desgastante é essa empreitada. Os níveis de relações em que se tem que ter cuidado redobrado é impressionante.
Em uma Escola convivem diversos agentes, em cujas responsabilidades de ações residem caminhos que podem provocar grandes transformações. Assim, só para ficar nos que são considerados principais, temos as ações do Diretor, as do Coordenador Pedagógico e as do Professor. E, ainda que não devesse ser assim, os caminhos desses agentes, quase sempre, se conflitam em terrenos pedregosos.
Sei que é difícil imaginar um espaço de harmonia, em que se sucedem comportamentos humanos, mas em um ambiente pedagógico deveria ser diferente.
Professores, Coordenadores e Diretores deveriam estar imbuídos do princípio básico da condução de seus afazeres condicionados aos processos de desenvolvimento humano. É o tal trabalho pedagógico... E só por esse princípio básico é que deveriam nortear-se as ações. Todas as ações.
Quando ocorrerem controvérsias e desequilíbrios, a primeira questão a ser levantada deveria estar atrelada a esse princípio: "Meu comportamento e minha atitude colaboram para o trabalho pedagógico?", deveria ser a primeira pergunta refletida. E as respostas sinceras a essa pergunta fundamentariam toda e qualquer decisão.
Conheço situações e ocorrências, em uma Escola, em que a ideia de trabalho pedagógico nem é aventada como pressuposto para o solucionamento dos conflitos. Aqui, quase sempre, imperam eventos de pura vaidade e de conveniência própria. Olham-se para os próprios umbigos e a natureza principal do trabalho de Educação vai para as cucuias.
Existe uma responsabilidade imensa na elaboração de um trabalho pedagógico, seja em que instância for. Uma responsabilidade que reside no fundamento essencial de promoção do desenvolvimento humano. E é exatamente essa responsabilidade que exige dos agentes pedagógicos uma entrega e uma disponibilidade para suplantar desavenças e plantar possibilidades de transformações positivas.
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