A ideia de pensar e idealizar uma escola e, na consequência, um modo de fazer a Educação, deveria ser o combustível de todo profissional que se envolve pelos caminhos pedagógicos.
Dia desses conheci a Beth, uma pessoa idealista que me contou seu sonho. O de criar uma escola em que os professores fossem selecionados por possuírem conduta ilibada. De tal forma que preparassem as crianças com relevada referência ética, que nada ou coisa alguma os corromperia. Que as crianças fossem preparadas para não sucumbirem aos apelos do que é inadequado a uma formação moral.
Ao ouvi-la, pensei que seus desejos deveriam fazer parte de todo corolário dos profissionais de Educação... Pensar na preparação da criança, para que nenhuma distração imoral a desviasse de um propósito de formação positiva, como um desejo absolutamente nobre. Desses que movem nosso trabalho aos destinos de um trabalho comprovadamente qualitativo.
E que, nesse rumo, todas as nossas ações (e também nossas atitudes e comportamentos) deveriam ser padrões... Daí, no sonho da minha recente amiga, ela ter destacado que os professores seriam selecionados pela conduta irrepreensível.
Vivemos em um tempo e realidade em que a corrupção e a violência são assuntos cotidianos. Estamos nos acostumando a esse pressuposto. E do processo de acostumar-se ao viés, passamos a um entendimento de aceitação do que se nos apresenta... A corrupção e a violência, então, passam a ser aceitáveis. E da aceitabilidade do que está aí, a tendência é vivermos de tal maneira sob esse signo que já nem ligaríamos de proceder, também, nossas ações àquelas situações.
Por isso, o sonho da minha amiga Beth é interessante: um tempo e um local em que os mestres se comportariam de forma moralmente positiva, no propósito de motivar as crianças em seu desenvolvimento pessoal. Um conjunto de ações e pensamentos e atitudes e comportamentos que fariam uma representativa mudança nos padrões que nos chegam.
Sonho difícil de ser realizado? Sim, sabemos dessa dificuldade. Mas aí conversamos, também, sobre a questão de os sonhos serem difíceis mesmo... De que os sonhos existem, não necessariamente para serem realizados, mas para nos movimentar nos caminhos dos desejos. E que é esse movimento que nos faz perceber a importância que temos na modificação das realidades.
Falamos, também, da questão das oportunidades.... E da ideia da integridade (estar inteiro), no reconhecimento da essência do que somos constituídos.
E penso que seja isso. Que os sonhos sejam difíceis é assim mesmo. Mas que a nossa integridade possa nos movimentar para que os caminhos ofereçam oportunidades de transformações.
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